O PNR, orgulhosamente só, é uma força política há muito estabelecida no eleitorado, pelo menos dizem eles. Um alto dirigente do partido, o engenheiro Valentim Becil, contou aos nossos microfones as linhas gerais do projecto de futuro do PNR para Portugal. Entre estas, sobressai a urgência de aumentar a capacidade das forças armadas "para a nossa tropa poder acabar aquilo que o D. Fernando começou e não pôde acabar porque o maricas só se reproduziu uma vez, e ainda por cima saiu-nos fêmea, que para cúmulo se foi pôr debaixo de um espanhol!".
Também a família é uma das prioridades do PNR, disse, do alto dos seus 2 metros 0,5 decímetros, Valentim Becil: "Queremos que a família vá à missa ao Domingo como sempre foi: as recatadas donas-de-casa para as filas da frente a guardar as suas filhas, fermento da nação, enquanto os respeitáveis chefes-de-família substituem o pároco na taberna, durante a eucaristia, e os seus rebentos varões andam à bofetada uns com os outros, para aprender o que é ser homem!"
Quanto à educação, Valentim Becil diz necessitar esta de uma "verdadeira revolução, [olhou nervososamente sobre o ombroe benzeu-se três vezes] digo, alteração de fundo". Não é apenas chapar com uma bandeira nacional em cada escola nem só voltar a cantar o hino nacional às quartas-feiras de manhã. Também há que regressar aos uniformes, que são tão bonitos, e separar claramente os estudantes: futuros chefes-de-família para um lado; cursos de corte e costura ou culinária para o outro".
Além disso, confidencia-nos ainda Valentim Becil: "temos que mandar os larilas, os comunas, os objectores de consciência e quase todos os jornalistas para a ilha da Madeira, onde o nosso amigo Alberto João possa tratar deles". O dirigente madeirense terá mesmo sido convidado para um lugar nas listas do PNR, no intuito de provar que nem todos os intelectuais são de esquerda.
O PNR espera atingir os seus objectivos nestas eleições, que passam por obter cerca de 10% dos votos - aproximadamente o número de analfabetos votantes do nosso país.
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