
A Associação do Livre Escritor da Coreia do Norte, pela boca do seu "venerando líder" Kim Jong-Il, fez ouvir o seu protesto contra a Academia Sueca, por esta ter, mais uma vez, atribuído o prémio Nobel da literatura "a um Ling qualquer", negando-o ao "venerando intelectual" Kim Jong-Il - que é, segundo o próprio, o melhor desenhador de letras do seu país e, consequentemente, do mundo. A associação rejeitou também as acusações de plágio de que o seu membro tem sido alvo: "os meus livros são vermelhos, mas para o clarinho!", terá exclamado o "erudito líder".
O "adorado líder" é nacionalmente reconhecido como o mais prolífico pensador do mundo moderno, estando quase a atingir o nível do único vulto com quem merece comparação: o "grande líder" Kim Il Sung, seu pai. A lógica deste insigne sábio é imbatível, como o prova o facto de ser, provavelmente, a única pessoa que vive no seu país que nunca foi preso/torturado/espancado por se exprimir livremente em público.
Este veemente protesto terá já merecido todo o apoio por parte da Lisnave, que pondera montar um piquete à porta da Suécia, para gritar, ao megafone, as suas razões. Esta manifestação de solidariedade será encabeçada pelo esquivo Sindicalista da Lisnave, personagem mítica que é um entusiasmado "pen-friend" do grande vulto literário norte-coreano, desde os tempos em que este lhe ministrou três acções de formação na Arte Panfletária.
Paralelamente, o governo da Coreia do Norte, pela boca do "vetusto líder" Kim Jong-Il, acaba de declarar o fim da crise alimentar - que, aliás, nunca existiu - no seu país. Ao que parece, alguns testes efectuados pela superior tecnologia nuclear norte-coreana, liderada pelo seu melhor astrofísico, o "sapiente líder" Kim Jong-Il, tiveram como efeito o aparecimento de grãos de arroz de tamanho inusitado, com cada grão a rondar o peso de um norte-coreano e alguns, mesmo, o peso de um etíope. Um ou outro efeito secundário, "maliciosamente causados por Seul", afectando milhões de norte-coreanos, foi minimizado como "um esforço individual menor, tendo em vista um melhor futuro em comum."
Entrementes, o estado-maior de Pyongyang encontra-se efervescente, revelou a'O Bico o "marechalíssimo líder" Kim Jong-Il: "Como maior estratega militar de todos os tempos, informo que, para glória da nossa, digo, minha república popular, está para breve a anexação da Coreia do Sul, seguindo-se a China, a URSS e o Império do Sol Nascente. E os Estados Unidos! Não admito que ninguém confunda a minha bela capital com ténis-de-mesa, mesmo que se chame Jimmy Carter e seja presidente cessante!"
O "querido líder" Kim Jong-Il, que conta já com 67 risonhas (pelo menos para ele) Primaveras, é uma personagem controversa: patusco ditador de um país à beira do colapso, para uns. Querido líder, para ele e para um rapazinho. Também há um senhor do PCP que não tem bem a certeza se ele é um democrata. É assim a modos que um democrata não-praticante.
Batem na esquerda. Batem nos negros, nos ciganos e nos homossexuais. Vocês devem fazer os bicos mas é ao salazar e ao hitler, não é?
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