O misterioso encontro entre o construtor de guitarras Gilberto Grácio e Bill Gates, aquando da sua visita ao nosso país, não terá sido, como foi afirmado pela Microsoft, “para petiscar uns caracóis”. A reunião entre estes dois empresários vem trazer a lume, mais uma vez, a antiga quimera de Gates: digitalizar uma guitarra portuguesa.Fontes a que tivemos acesso referem várias tentativas de construção menos conseguidas desde que o projecto MS PG (portuguese guitar) se iniciou nos anos 80 – a primeira versão, com 57 cordas e 4 pedais, ocupava um autocarro e a Microsoft passou 15 anos a corrigir ‘bugs’, a reduzi-la para 12 cordas e tamanho de guitarra.
Contudo, a versão MS PG3.0, de 2005, veio fazer renascer a ideia. Somente o comentário de mestre Grácio, referindo que “a ausência de harmónicos simples e de quartos de frequência cria obstáculos à compactação mp3 abaixo dos 256kbs”, motivou esta vinda súbita de Bill Gates a Portugal, a fim de, com a versão 3.1, poder resolver, em definitivo, o problema.
O factor tempo é tanto mais importante quanto se soube recentemente do projecto rival: a iPGuitar de Steve Jobs, que, além de melhor som, garante bluetooth, formato de escova de dentes, em acrílico e com uma só corda.
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